Na Tanzânia, cristãos são ameaçados por islâmicos
24 out
2012 Tanzânia
Igrejas
foram queimadas, carros e prédios destruídos. Os cristãos enfrentam forte
perseguição por parte de fundamentalistas islâmicos. Um menino de 13 anos corre
risco de morte; uma adolescente foi presa, acusada falsamente de blasfêmia. Ore
pela Tanzânia
A população da Tanzânia é dividida em 31% de muçulmanos e
54% de cristãos, embora a frequência à igreja seja de apenas 8% dos crentes. De
acordo com o líder cristão Bernadin Mfumbusa, o número de adeptos ao Islã está
crescendo. Desde meados dos anos 1980, pregadores itinerantes da Arábia Saudita
e do Sudão têm entrado no país e espalhado a doutrina fundamentalista e
intolerante do Islã. Consequentemente, os muçulmanos têm ganhado mais espaço com
suas reivindicações políticas e têm se tornado mais agressivos em seus ataques
verbais.
As demandas para a aplicação da lei Sharia e
instituição de tribunais Kadhi (ambos islâmicos) são cada vez mais altas;
há reivindicações para que as sextas-feiras se tornem feriados e para que a
Tanzânia se junte à Organização de Cooperação Islâmica (OCI). Mfumbusa disse
recentemente à organização Aid to the Church in Need (Ajuda à Igreja que
Sofre, tradução livre), que houve um aumento acentuado de madrassas (escolas
islâmicas) e mulheres usando véu pelas ruas do país, acrescentando: "Nas escolas
da igreja, que também são frequentadas por crianças muçulmanas, devemos ser
muito sensíveis e cautelosos para evitar quaisquer incidentes
indesejáveis."
Como no Quênia, a legislação americana antiterrorista,
promulgada após o "11 de setembro", tem alimentado as divergências entre as
religiões. Os cristãos são, geralmente, pacíficos, enquanto que os muçulmanos
agem por conta de um objetivo bastante forte, alegando que as leis do país os
prejudicam propositadamente.
Nos preparativos para as eleições de 2005 o partido
cristão Chama Cha Mapinduzi (CCM), alcançou votos muçulmanos ao prometer
estabelecer tribunais Kadhi no país. No entanto, depois de vencer a
eleição, o CCM arquivou sua promessa. Desde então, a religião passou a dominar a
política da Tanzânia. E as tensões continuam aumentando.
Em 10 de outubro, Zakaria Hamisis Mbonde, de 12 anos,
estava voltando para casa da madrassa onde estudava, levando seu Alcorão, quando
se deparou com seu amigo cristão Emmanuel Mwinuka, de 13 anos. Quando Emmanuel
perguntou a Zakaria se podia ver seu Alcorão, Zakaria o avisou que o livro
sagrado tinha o poder de transformar qualquer um que o contaminasse com mentiras
em um cachorro ou uma cobra. Seguiu-se uma discussão, levando Emmanuel a refutar
a afirmação de Zakaria, terminando por urinar em seu Alcorão.
Ao chegar em casa, naturalmente os pais de Zakaria quiseram saber o que havia acontecido com seu Alcorão. A notícia se espalhou por toda Ward Mbagala de Dar es Salaam, maior cidade da Tanzânia e as tensões entre ambos os grupos religiosos se intensificaram. Para acalmar a multidão, a polícia prendeu Emmanuel. Levou-o à delegacia para interrogatório e o manteve lá para sua própria segurança. Após as orações da sexta, 12 de outubro, centenas de muçulmanos enfurecidos cercaram a delegacia, exigindo que Emmanuel fosse entregue a eles para que pudessem decapitá-lo. Quando a polícia se recusou, os muçulmanos se rebelaram, ateando fogo na Igreja Ágape Mbagala e na Igreja Evangélica Luterana da Tanzânia. Com o decorrer dos dias, mais igrejas, incluindo uma Anglicana e a Igreja de Cristo, foram atacadas: duas em Kigoma e uma em Zanzibar.
Carros também foram destruídos e queimados. 86 pessoas foram presas por provocar tumultos e outras 32 por destruírem propriedades das igrejas. Sheikh Issa Ponda Ponda, secretário-geral do Conselho das Organizações Islâmicas foi preso por incitar a violência.
Ao chegar em casa, naturalmente os pais de Zakaria quiseram saber o que havia acontecido com seu Alcorão. A notícia se espalhou por toda Ward Mbagala de Dar es Salaam, maior cidade da Tanzânia e as tensões entre ambos os grupos religiosos se intensificaram. Para acalmar a multidão, a polícia prendeu Emmanuel. Levou-o à delegacia para interrogatório e o manteve lá para sua própria segurança. Após as orações da sexta, 12 de outubro, centenas de muçulmanos enfurecidos cercaram a delegacia, exigindo que Emmanuel fosse entregue a eles para que pudessem decapitá-lo. Quando a polícia se recusou, os muçulmanos se rebelaram, ateando fogo na Igreja Ágape Mbagala e na Igreja Evangélica Luterana da Tanzânia. Com o decorrer dos dias, mais igrejas, incluindo uma Anglicana e a Igreja de Cristo, foram atacadas: duas em Kigoma e uma em Zanzibar.
Carros também foram destruídos e queimados. 86 pessoas foram presas por provocar tumultos e outras 32 por destruírem propriedades das igrejas. Sheikh Issa Ponda Ponda, secretário-geral do Conselho das Organizações Islâmicas foi preso por incitar a violência.
Ele culpou a polícia, dizendo que se os agentes tivessem
dado a "devida importância" ao assunto, os muçulmanos não teriam se sentido tão
'marginalizados' e injustiçados.
Na Tanzânia, ofensas contra o Alcorão e os seguidores de
Maomé não são consideradas crime de blasfêmia. No entanto, em 23 de julho de
2012 um juiz na cidade costeira de Bagamoyo condenou a adolescente cristã Eva
Abdullah (17) a dois anos de prisão depois de fundamentalistas islâmicos a
acusaram falsamente de profanar o Alcorão. Eva foi acusada após se converter ao
cristianismo e resistir à pressão de fundamentalistas islâmicos que queriam
obrigá-la a voltar para o Islã.
Pedidos de oração
- Peça a Deus por motivação e encorajamento dos líderes da Tanzânia, para que eles defendam os direitos humanos, a liberdade e o Estado de direito dos cristãos no país;
- Interceda por um avivamento para o Corpo de Cristo na Tanzânia, de modo que os crentes sejam despertados e fortalecidos a continuar a missão de propagar o Evangelho aos muçulmanos.
- Ore pela proteção de Emmanuel Mwinuka (13) e sua família, que enfrentam a ira islâmica por causa de uma brincadeira infantil. Assim como Eva Abdullah (17), que sofre, puramente, por causa do seu amor ao Senhor Jesus; peça para que Deus supra todas as suas necessidades.
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